Ivila
Bessa, editora de Conteúdos Digitais do Sistema Verdes Mares, tratou de
assuntos como a escrita para portais, formatos e a forma como se distribui a
informação
Jefferson
Oliveira
A profissional de comunicação social, Ivila Bessa, conversou
com estudantes de jornalismo da Faculdade 7 de setembro sobre a forma de
escrever para webjornais e partilhou acerca da sua experiência como
editora-chefe de conteúdos digitais do Sistema Verdes Mares. A palestra ocorreu
na última segunda, 26, às 19h, em um dos laboratórios de informática da
faculdade.
Durante o momento, a jornalista que iniciou a carreira no
portal Verdes Mares em 2003 e que hoje é responsável por gerenciar ações nas
mídias, falou sobre o crescimento do número de profissionais nos portais e
apresentou slides acerca de como ela conceitua a produção e distribuição das
notícias via mídias digitais.
Segundo Ivila Bessa, “praticamente um veículo de comunicação
é uma indústria. É produção, empacotamento e distribuição. Qualquer pessoa que
produz conteúdo hoje precisa do status do público que ajude a empacotar o
conteúdo ou ajude a distribuir”, afirmou.
A editora-chefe de conteúdos digitais do Sistema Verdes Mares
explicou que atualmente os veículos não disputam entre si, mas pela atenção do
público. Sobre o que é legitimado como importante, como notícia, comenta em
relação à capacidade do próprio publicar justificar determinados assuntos: “Hoje, informação relevante, o que
‘bombou ou não’, quem está dizendo é o publico”. Ivila Bessa comentou também
sobre os mecanismos de busca do Google e a forma de se avaliar e dar status para a informação na web: torna-la
encontrável, comentável, recomendável e compartilhável.
Acerca do
portal G1 e da estrutura como os textos são escritos, falou que a pirâmide
invertida (onde as informações mais importantes são apresentadas logo no
início) é a mais utilizada no caso de notícias factuais. Comentou, sobre outros portais, que muito texto não é
sinônimo de sucesso no webjornalismo. “(os portais) Produzem informação em excesso; Isso não
é publicar pra web”, comentou. Sobre o uso de links internos nos portais,
frisou que ‘é preciso saber trabalhar o link’. Conversou também com os alunos
sobre a utilidade da pirâmide flutuante e a estrutura dos textos e links
internos.
Formatos e estratificação da
informação
A jornalista
respondeu à perguntas dos estudantes e insistiu na importância de escrever um
título que agregue informação e ajude aos mecanismos de busca a encontrar o
material. Segundo Ivila, atualmente o acesso no portal do sistema, por exemplo,
é feito muito mais de forma indireta do que pelo endereço eletrônico do portal.
“Antigamente o acesso direto correspondia a 70% de audiência e hoje isso
representa cerca de 25% (dos acessos). O Google
e o Bing estão ajudando nas pesquisas. Imagina eu escrever de uma forma
e as pessoas usarem outros termos pra buscar?”, analisou acerca das palavras
usadas ao titular uma matéria.
Durante a
palestra, Ivila Bessa lembrou ainda sobre a utilização dos formatos para complementar o texto e até passar informações
que talvez ele não consiga levar ao leitor por si só. A conversa com os
estudantes de jornalismo foi encerrada abordando a estratificação da informação,
de modo que os hiperlinks tenham papel fundamental na matéria ao dar novo
fôlego para o leitor e forneçam informação adicional acerca do assunto.