sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Baixos juros possibilitam financiamento de veículos


A queda da taxa Selic nos últimos meses acaba se refletindo indiretamente no custo dos financiamentos, uma vez que os bancos também baixaram as taxas seguindo o Banco do Brasil e a Caixa econômica

Jefferson Oliveira

Após o corte na taxa básica de juros e a redução dos juros do Banco do Brasil e da Caixa econômica, foi a vez dos demais bancos baixarem os juros. Com isso, o financiamento veicular foi barateado.

Com a redução dos juros que moderam as demais taxas no Brasil, o Governo pretende estimular o consumo, o volume de produtos fabricados, tributos arrecadados e o número de empregos, explica Almir Bittencourt, economista e professor do Centro de Aperfeiçoamento de Economistas do Nordeste (Caen).

De acordo com o economista, o financiamento de veículo, a curto prazo, ficou mais acessível. “No curto prazo pode ser favorável ao consumidor, porque ele antecipa o consumo e pagando menos”, afirma Almir Bittencourt. Conforme ele, isso melhora a demanda da economia, mas em longo prazo, as famílias vão ficando com o rendimento comprometido com o pagamento do financiamento.

A autônoma Synthia Duarte de Paula, 40, adquiriu um veículo em setembro aproveitando o imposto reduzido e a queda dos juros nos financiamentos. Segunda ela, a diminuição da parcela influenciou diretamente na compra e de acordo com os dados que fez, chegou a economizar 20% do valor do bem. Synthia Duarte pesquisou as taxas e decidiu financiar o carro por causa da facilidade em conseguir o crédito e pelo baixo valor das parcelas, fator que permitiu uma folga no orçamento da família.


DICA DE QUEM SABE

Almir Bittencourt, economista e professor do Centro de Aperfeiçoamento de Economistas do Nordeste (Caen).


1.    Antes de comprar pesquise os bancos, as taxas e verifique se o financiamento é oferecido pelo próprio fabricante. “Às vezes não é atraente fazer financiamento direto com o fabricante por ser muitas vezes mais caro”, afirma o economista. Procure alternativas como os bancos.
2.    O prazo deve ser o mais curto possível. “Às vezes você faz com um prazo muito longo, mas ultrapassando a vida econômica dos veículos e isso dificulta depois ate na hora de trocar”, explica.
3.    Verifique as taxas dos bancos no site do Banco Central. Examine os bancos em que mantenha conta ou alguma relação de clientela.
4.    Dê uma entrada maior utilizando a poupança e financie o restante em poucas parcelas. O ideal é dar 30 ou 40% do valor do veículo como entrada.
5.    Prefira o financiamento a um empréstimo consignado. No consignado gasta-se com cartório e uma série de taxas que acabam deixando o veículo mais caro. “O empréstimo feito com uma instituição financeira pode ser utilizado para comprar vários bens. Mas um financiamento você faz no intuito de comprar uma casa ou carro. Então, condiciona a compra”, orienta Almir Bittencourt.