sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Cortes na taxa básica de juros podem inflacionar o sistema

Facilidade no crédito pode, a longo prazo,acarretar em inflação

Jefferson Oliveira

A taxa básica de juros, Selic, que regula os juros brasileiros caiu cinco pontos percentuais de setembro de 2011 a outubro de 2012, estagnando nos 7,25% ao ano. Apesar das quedas, o Brasil é o quinto país no ranking mundial de juros. Henrique Marinho, economista e professor da Universidade e Fortaleza (Unifor), explica que o Brasil é um país que tem uma história inflacionária e que sempre precisou ter os juros altos para atrair o capital estrangeiro. Além disso, os empresários temiam que uma redução dos juros desequilibra-se a economia.

Segundo o economista, o Banco central (BC) aproveitou o momento da crise européia em agosto de 2011 para reduzir os juros e aquecer o ritmo do mercado financeiro do país. No entanto, havia um empecilho há cinco ou seis meses: a taxa de poupança. Pois havia juros fixos de 6,17% somados à Taxa Referencial (TR). Com as mudanças incrementadas pelo Governo na poupança em maio, a rentabilidade passa a ser de 70% da taxa Selic. Assim, quando a taxa Selic é de 8% ou menor que isso, o rendimento vai para 70% da Selic junto à Taxa Referencial (TR).

Apesar da taxa básica de juros estar abaixo do esperado, tornando o crédito mais barato e diminuindo o volume da dívida pública, como explica o economista, há um contraponto:o aumento do poder de consumo das pessoas e uma posterior produção acelerada por parte das empresas, causando, a longo prazo, a elevação do nível de endividamento dos consumidores. Essa demanda aumentaria a taxa de juros, causando a inflação.

A demanda aumentaria a taxa de juros, causando a inflação

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